Jacques Vasconcelos toca instrumentos de sopro e fundou uma orquestra.
Jefferson Lopes é percussionista e faz turnê com cantor de Portugal
fotos: arquivo pessoal
A paixão pela música e o talento para tocar instrumentos surgiram ainda na infância dos estudantes Jacques Vasconcelos e Jefferson Lopes. Só que agora, quando os dois já estão na universidade, a música vai além de um hobby e é também trabalho, diversão e reconhecimento.
O futuro médico Jaques Vasconcelos é o idealizador, diretor e regente da Orquestra Agreste Frevo (detalhes aqui), fundada em 2012 em Bezerros, a cidade onde mora desde os 6 anos. Já o aluno do curso de direito Jefferson Lopes ajudou a criar a Banda Patchoullí, tocou com nomes como Agostinho do Acordeon, Nena Queiroga, MPBunicap e, agora em 2015, tornou-se o percussionista oficial do cantor Fernando Tordo que, recentemente, trocou Portugal pelo Brasil.
Sócios da Casa do Estudante de Pernambuco (CEP), Jacques e Jefferson enfrentam uma rotina pesada de estudos com o primeiro dedicado ao 10º período de Medicina na Universidade de Pernambuco (UPE) e o segundo focado nas lições do curso de Direito da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). Ao mesmo tempo eles se entregam às apresentações como o show que Jefferson participou no teatro Rubi, em Salvador, no mês de novembro, iniciando a turnê de Fernando Tordo (foto). Já o som do saxofone tocado por Jacques é ouvido na Oficina Agreste Frevo (foto) e ainda na Orquestra de Médicos de Pernambuco.
??Atualmente considero (a música) mais hobby que profissão, em pouco tempo estarei me formando em medicina, mas isso não reduz minha paixão e nem minha dedicação pela música? avisa Jacques. Para Jefferson a música oscila entre ser essencialmente um hobby em alguns momentos e, em outros, ser trabalho mesmo. ??Toco porque gosto, me sinto super bem fazendo isso. Talvez seja um hobby quando estou tocando na algazarra com amigos e em roda de família. Mas quando estou no palco sou o mais profissional possível? explica.
O aprendizado deles veio com mestres, em escola de música ou com amigos. Jacques lembra das aulas na escola de música Cônego Alexandre Cavalcante, em Bezerros, que o levaram a tocar clarinete e saxofone. Jefferson agradece aos parentes e amigos, da sua cidade Mirandiba, que o ensinaram, além de sua própria curiosidade e dedicação para aprender zabumba e outros instrumentos mais inusitados como a conga, a tumbadora, o djembê e o ilú.
??Meu primeiro instrumento foi a Zabumba (que ainda hoje é meu instrumento preferido). Daí com o contato com a música recifense fui aprendendo os demais instrumentos percussivos que toco hoje? conta Jefferson que também fabrica alguns instrumentos. ??Também gosto de produzir meus próprios instrumentos, no quesito efeitos, sobretudo com material reciclável. Tudo, sendo bem usado, dá som. Também sempre que posso compro instrumentos diferentes pra compor o meu setup de percussão? explica.
O clarinete e o saxofone levaram Jacques a integrar grupos em Bezerros e em Recife. ??Já fiz parte da banda musical Cônego Alexandre Cavalcante, de diversas orquestras, também tocava em igrejas? Mas atualmente toco na orquestra dos médicos do Recife e tenho o projeto em Bezerros intitulado ??Oficina Agreste Frevo? (OAF), no qual sou o diretor e regente? relata o músico. Apesar da carreira de médico já está bem próxima ?? faltam dois períodos apenas para a conclusão do curso ?? ele conta que vai ter sempre que conseguir tempo para se dedicar à música. ??Sem dúvidas esse é e será o alimento predileto de minha alma até o fim de meus dias, negar a arte seria também negar minha própria existência? diz entusiasmado.